Apesar de terem conquistado nos tribunais uma série de direitos como oficializar união estável e adotar filhos, os homossexuais ainda são vítimas de atos violentos baseados no preconceito. Uma dessas formas de agressão é o estupro corretivo, um crime que fez sua primeira vítima em Alagoas.
O estupro corretivo tem como principais vítimas mulheres homossexuais que são atacadas por um ou mais homens como forma de punição pela sexualidade. A reportagem da TV Pajuçara conversou com uma vítima que relatou os momentos de dor e medo vividos durante um ataque registrado em Maceió.
"Estava na porta de casa quando um homem em uma moto parou e pediu para me conhecer. Eu disse que não e ele perguntou se eu era sapatão. Falei que era lésbica. Ele então me rendeu com um canivete e me levou para dentro de casa. Minha mãe que também estava no imóvel foi amarrada e fui levada para um quarto, onde fui espancada. Ele dizia que eu iria aprender a gostar de homem porque o homossexualismo é uma doença", narrou a vítima.
A mulher conseguiu escapar antes de ser violentada sexualmente e correr até a rua, onde pediu socorro. O criminoso fugiu em sua motocicleta. "Ele me machucou muito, não só fisicamente, mas extremamente emocionalmente, mas não conseguiu me derrubar. Não se calem diante da violência sofrida", frisou a vítima.
O dirigente do Grupo de Combate à Homofobia em Alagoas, Dino Alves, afirmou que o crime de estupro corretivo é comum na região Sudeste, mas agora os casos começam a ser registrados no Nordeste. "O importante é que as vítimas denunciem para que a polícia possa identificar e prender essas pessoas que cometem este crime hediondo, já que se trata de estupro", disse.
A vítima ouvida na reportagem fez fotografias em que mostram as marcas da violência. A tentativa de estupro foi denunciada à polícia.
Fonte : http://tnh1.ne10.uol.com.br

Fonte : http://tnh1.ne10.uol.com.br
home
Home