A Sociedade Protectora dos Animais (SPA) nesta quinta-feira,foi inundada de emails de protesto contra um texto de teor homofóbico publicado na revista da instituição, "O Zoófilo", onde os homossexuais são comparados não só a animais selvagens, como retratados de forma depreciativa. "Homens pavões" é uma das expressões usadas.
A razão do descontentamento, potenciado pelas redes sociais nas últimas horas, reside no facto da publicação trimestral, dirigida pelo presidente da instituição, contar com aquele texto de meia página, cujo o autor numas quadras lamenta ainda o mau trato de animais.
Ao JN, o presidente da instituição, Tomé de Barros Queiroz, admitiu a enorme quantidade de protestos e aponta a dinamização da contestação a um ex-funcionário da SPA.
"Não vejo que exista discriminação no texto ao falarmos de "homens pavões". Estou espantado com estas reacções, porque sei que por detrás delas está uma pessoa que já não trabalha conosco mas ainda se afirma veterinário da Sociedade Protectora dos Animais", disse, frisando a história centenária da instituição.
Fernando André Rosa, do movimento Panteras Rosa, critica o facto de a SPA querer proteger os animais e, simultaneamente, optar por uma postura discriminatória. "É lamentável que uma associação que vive de contas pagas por voluntários, que contribuem para proteger os direitos dos animais, esteja a divulgar textos homofóbico", salientou.
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